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Maria Bethânia recebe o título de Doutora Honoris Causa, pela UFC.

Nesta sexta-feira (15/11), a Universidade Federal do Ceará (UFC) entregou o título de Doutora Honoris Causa da Instituição à cantora Maria Bethânia. A presente solenidade contou com a presença de um público geral de 3.000 mil pessoas entre fãs, amigos da cantora além de diversas autoridades dentre elas o reitor da Universidade Federal do Ceará Vossa Magnificência o Prof. Custódio Luís Silva de Almeida , Vossa Excelência Elmano de Freitas da Costa Governador do Ceará , Vossa Excelência Camilo Sobreira SantanaMinistro da Educação, antes da cerimônia nossa homenageada foi recebida pela corte da acadêmica da UFC.


A programação teve em sua abertura, os músicos Pantico Rocha e Alisson Félix tocando, como músicas instrumentais, “Começaria Tudo Outra Vez”, de Gonzaguinha; “Sonho meu”, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho; e “Iluminada”, de Jorge Portugal e Roberto Mendes.
Logo em seguida tocou o grande clássico “Reconvexo”, de Caetano Veloso, interpretada por Aparecida Silvino, enquanto ocorreu o cortejo das autoridades universitárias e a composição da mesa.

Logo depois, sendo ovacionada de pé pelo público presente, o cortejo da própria Maria Bethânia, que ocorreu ao som da música “Carcará”, de João do Vale e José Cândido da Silva, na voz de Luiza Nobel. O cerimonial foi aberto com a música “Iansã”, de Caetano Veloso e Gilberto Gil, cantada por Lorena Nunes. Bethânia recebeu homenagens em forma de Cordel, canto como a “Oração de Mãe Meninhinha do Gantoais”.

Na sequência, o reitor Custódio Almeida realizou a entrega do título de Doutora Honoris Causa colocando os “paramentos doutorais” – as vestes típicas desse tipo de solenidade – na homenageada. Maria Bethânia emocionada e mais uma vez sendo ovacionada de pé pelo público presente recebeu do reitor o capelo que destacou: “Vou entregar o símbolo doutoral à cantora Maria Bethânia, em geral é o reitor quem coloca, mas uma rainha coroa a si mesma.” (um pequeno chapéu) e a samarra (espécie de túnica ou capa), nas cores azul-rei, que representa a UFC.

Não menos importante, foi aguardada a fala da nova Doutora Honoris Causa Maria Bethânia que mais uma vez é aclamada pelo público presente, em seu discurso destaca “depois de tantas palavras bonitas fica difícil fala sobre tudo que vem ao meu coração, neste chão pisa poetas, escritores, amigos, agradeço as autoridades civis e acadêmicas presentes, bem como a cada um dos senhores que aqui vieram participar dessa solenidade, eu não me formei em nenhuma universidade mas o espaço universitário não me é estranho: no ano de 1960 saio de Santo Amaro para Salvador junto com Caetano e lá encontro os demais irmãos Roberto, Rodrigo e Nicinha. Guiado por Caetano o teatro é a minha paixão ao participar de um projeto de vanguarda junto à Universidade Federal da Bahia, no ano de 1963 a voz soa naquele espaço aonde minha vida gira por um caminho que eu não previa, como eterna aprediz de trapezista sigo para 2014 com parceria com a professora Cleonice sigo com o projeto da obra de Fernando Pessoa, de lá recebi o convite para ocupar a cadeira de número 18 da Academia de Letras da Bahia. Uma verdadeira casa de ensino não tem muros mas portas sempre abertas, uma dessas portas leva uma das minhas paixões o trabalho em escolas públicas como leitora, projeto Brasileirinho no Rio de Janeiro depois vem o projeto dra Maricotinha em Pernambuco , também em Pernambuco o projeto Bethânia Florzinha. Quero registrar no campo da saúde mental o Instituto da Saúde Nise da Silveira reuniram obras plástica elabarodas pelos pacientes. Hoje mais uma vez a Universidade me acolhe e reconhece o meu trabalho cito aqui Raquel de Queiroz e Patativa do Assaré artista raro e brilhante. A Universidade Federal me concede o título de Doutora Honoris Causa, digo como mulher, trabalhadora como uma das trabalhadoras desse imenso país, como cantora da música popular brasileira….” Bethânia encerrou o seu discurso cantando “O que é, O que é?” clássico de Gonzaguinha.

Na sequência, o reitor Custódio Almeida realizou o seu discurso dizendo está com a voz embargada e que tem Lua Cheia no céu.. “ressalto que em 2020 caminhei de forma silenciosa ao seu lado na procissão de Nossa Senhora da Purificação em Santo Amaro.”

O encerramento foi marcado pelas músicas “Olhos nos olhos”, de Chico Buarque, interpretada por Lorena Nunes; e por “Foguete”, de Roque Ferreira e J. Velloso, e “Explode Coração”, de Gonzaguinha, interpretadas por Lorena, Aparecida e Luiza. E pelo Hino Nacional, interpretada por Aparecida Silvino.

Houve ainda o espetáculo de projeções “Oyá”, com ilustrações elaboradas por alunos da UFC, com referências à trajetória de Bethânia. O trabalho foi desenvolvido por alunos de graduação e pós-graduação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo e Design da UFC, coordenados pelos professores Diego Ricca, Roberto Vieira e Newton Becker, com direção executiva do designer Lucas Baptista e supervisão geral da técnica de laboratório Thaís Guimarães, servidora da UFC.

Sendo uma noite memorável na vida da sociedade cearense que teve o privilégio de vivenciar tão honra iguaria a grande cantora Dra. Maria Bethânia.

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